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Cirurgia Ortopédica Negada pelo Plano de Saúde? Saiba Como Exigir a Cobertura

Categorias: Direito da Saúde

Precisar de uma cirurgia ortopédica não é algo simples: geralmente significa estar lidando com dores intensas, limitações para atividades básicas do dia a dia e, em muitos casos, afastamento do trabalho. 

O paciente já enfrenta um momento de fragilidade física e emocional, quando surge uma barreira inesperada: o plano de saúde nega a cobertura da cirurgia indicada pelo médico.

Infelizmente, essa é uma situação muito comum no Brasil. Pessoas que pagam mensalidades altas para ter segurança no momento em que mais precisam acabam recebendo uma resposta negativa, seja sob a justificativa de que o procedimento “não está no rol da ANS”, de que seria “estético” ou de que “não faz parte do contrato”. 

Mas o que muitos beneficiários não sabem é que essa negativa, na maioria das vezes, é abusiva e pode ser revertida. A legislação e a própria Justiça já consolidaram o entendimento de que o plano de saúde deve garantir o acesso ao tratamento quando ele é essencial para a recuperação do paciente.

Neste conteúdo, você entende quais cirurgias ortopédicas o plano deve cobrir, quanto custa esse tipo de procedimento, se é possível reverter uma negativa e qual o papel do advogado para garantir que seus direitos sejam respeitados. Acompanhe!

O convênio cobre cirurgias ortopédicas?

Sim. Em regra, os planos de saúde são obrigados a cobrir cirurgias ortopédicas indicadas pelo médico para tratamento de doenças e lesões que afetam ossos, articulações, ligamentos, tendões e músculos.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece um Rol de Procedimentos Obrigatórios, que inclui diversos tipos de cirurgias ortopédicas. Isso significa que, se a cirurgia estiver no rol ou for considerada essencial para preservar sua saúde, o plano deve autorizar.

Ainda assim, muitas operadoras tentam negar alegando:

  • Que o procedimento “não está no rol da ANS”;
  • Que seria de caráter “estético”;
  • Ou que não há cobertura contratual.

Essas justificativas, na maioria dos casos, não são válidas judicialmente.

Quais cirurgias ortopédicas o plano de saúde cobre

Entre os procedimentos ortopédicos com cobertura obrigatória, estão:

  • Artroplastias (como prótese de quadril e joelho);
  • Artroscopia para diagnóstico ou tratamento;
  • Reconstrução de ligamentos, como LCA no joelho;
  • Cirurgia de coluna (hérnia de disco, estenose, etc.);
  • Fraturas graves que exigem fixação com pinos ou placas;
  • Cirurgias reparadoras após acidentes de trabalho ou domésticos.


Ou seja: se a cirurgia é necessária para recuperação da função do corpo e qualidade de vida, ela deve ser custeada pelo plano.

Qual o valor de uma cirurgia ortopédica?

O custo varia conforme a complexidade, hospital e materiais necessários. Para você ter uma ideia:

  • Uma artroscopia simples pode custar entre R$ 15 mil e R$ 30 mil;
  • Uma prótese de joelho ou quadril pode ultrapassar R$ 50 mil;
  • Cirurgias de coluna chegam a mais de R$ 80 mil, dependendo do uso de materiais importados.


Ou seja, é um valor inacessível para a maioria dos trabalhadores, que pagam o plano justamente para não arcar sozinhos com esse tipo de despesa.

O plano de saúde deve cobrir os materiais da cirurgia ortopédica?

Além da autorização da própria cirurgia ortopédica, o plano de saúde também é obrigado a custear os instrumentos, próteses, órteses e materiais especiais necessários para a realização do procedimento.

Na prática, isso inclui:

  • Próteses de quadril, joelho ou ombro;
  • Parafusos, placas e hastes para fraturas;
  • Materiais importados indicados pelo médico;
  • Órteses internas e externas utilizadas durante a cirurgia.


O que gera dúvidas é que muitos planos tentam alegar que a cobertura se restringe ao “ato cirúrgico”, excluindo os materiais. 

Essa interpretação, no entanto, é considerada abusiva. O entendimento majoritário dos tribunais é que não faz sentido autorizar a cirurgia e não fornecer os itens indispensáveis para que ela seja realizada.

Vale destacar que a lei garante a cobertura integral do tratamento, e isso abrange tanto a cirurgia em si quanto tudo o que for necessário para que ela seja eficaz. Negar os materiais é, em outras palavras, comprometer a saúde do paciente e colocar sua recuperação em risco.

Se o plano recusou a cobertura de próteses ou outros equipamentos, fale com nossos advogados para garantir que você tenha seus direitos respeitados e acesso à cirurgia sem atrasos.

É possível reverter uma negativa de cirurgia ortopédica do plano de saúde?

Sim, é possível  e o caminho mais rápido e eficaz para isso é entrar na Justiça.

Muitos beneficiários, ao receberem a negativa, tentam primeiro registrar reclamações na própria operadora ou junto à ANS. Embora esses passos sejam válidos, eles costumam ser demorados e, em casos de urgência, podem colocar a saúde do paciente em risco.

Por isso, quando a cirurgia ortopédica é essencial e indicada pelo médico, o processo judicial com pedido de liminar é a melhor alternativa. 

A liminar é uma decisão rápida, dada em poucos dias (e em situações emergenciais até em horas), obrigando o plano a autorizar tanto a cirurgia quanto os materiais necessários para realizá-la.

Na prática, isso significa que você não precisa esperar meses para ter uma resposta: a Justiça pode garantir o seu direito de forma imediata, evitando que a negativa atrase a recuperação ou cause sequelas irreversíveis.

Por isso, diante de uma recusa injusta, não hesite: procure um advogado especializado em plano de saúde para entrar com a ação e assegurar o tratamento no tempo certo.

Papel do advogado para garantir que os direitos sejam respeitados

O papel do advogado é essencial, porque ele conhece as brechas usadas pelos planos para negar procedimentos. Entre as principais ações estão:

  • Solicitar judicialmente a autorização da cirurgia com pedido de liminar;
  • Garantir que o plano cubra também os materiais necessários (como próteses e órteses);
  • Buscar indenização por danos morais, quando a negativa gera sofrimento ou agrava o quadro de saúde.


O suporte jurídico dá segurança para que o paciente foque na recuperação, sem enfrentar sozinho a pressão das operadoras.

Se o seu plano de saúde negou a cobertura de uma cirurgia ortopédica, saiba que você não está sozinho. O direito à saúde é protegido pela lei, e existem medidas rápidas e eficazes para garantir que o tratamento seja liberado.

Entre em contato com nossa equipe de advogados especialistas. Somos um escritório especializado em processos contra planos de saúde, atuando em defesa do consumidor e do direito à saúde. Vamos analisar seu caso e lutar para que você tenha acesso ao tratamento que precisa, no tempo certo.
 

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