Após uma cirurgia bariátrica ou uma grande perda de peso, muitas pessoas enfrentam um novo desafio: o excesso de pele. Além do desconforto estético, esse problema pode causar dores, assaduras, mal cheiro, infecções e limitações na vida cotidiana.
Quando o médico indica a cirurgia para retirar excesso de pele, o paciente espera que o plano de saúde cubra o procedimento. Porém, em muitos casos, a operadora alega que se trata de “cirurgia estética” e nega a cobertura.
Mas será que o plano de saúde pode recusar esse tipo de cirurgia? A resposta é não, quando há indicação médica.
Neste conteúdo, você entende em quais situações a cirurgia é indicada, como funciona a cobertura pelo plano, quanto custa o procedimento e o que fazer se você recebeu uma negativa. Acompanhe!
Para quem é indicada a cirurgia para retirar o excesso de pele
A cirurgia reparadora é indicada principalmente para pessoas que passaram por:
- Cirurgia bariátrica ou emagrecimento significativo.
- Perda rápida de peso decorrente de doenças ou tratamentos médicos.
- Situações em que o excesso de pele gera problemas de saúde, como infecções de pele (dermatites), feridas, assaduras constantes, dores na coluna e dificuldade de mobilidade.
Ou seja, não se trata apenas de estética: em muitos casos, é uma questão de saúde, funcionalidade e qualidade de vida.
É possível conseguir a cirurgia pelo plano de saúde?
Sim. A cirurgia para retirar excesso de pele pode ser custeada pelo plano de saúde quando existe indicação médica.
Embora muitas operadoras tentem classificar o procedimento como “estético”, a realidade é que, em grande parte dos casos, trata-se de uma cirurgia reparadora, essencial para preservar a saúde física e emocional do paciente.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já reconhece a cobertura de diversas cirurgias reparadoras para pacientes que passaram por cirurgia bariátrica ou perderam grande quantidade de peso. Como:
- abdominoplastia
- braquioplastia
- mamoplastia
Isso porque o excesso de pele não é apenas uma questão de aparência: ele pode causar dores, assaduras, infecções recorrentes, dificuldades de locomoção e até problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.
Na prática, o que garante o direito do paciente não é a estética, mas sim a indicação médica fundamentada. Se o laudo do seu médico comprovar que a cirurgia é necessária para o tratamento da sua saúde, o plano tem a obrigação de autorizar.
Muitos beneficiários só conseguem a liberação após recorrer à Justiça. Os tribunais brasileiros têm decidido, de forma repetida, que a recusa do plano é abusiva quando existe comprovação clínica da necessidade do procedimento.
Portanto, mesmo diante de uma negativa inicial, o beneficiário tem chances reais de conquistar a cobertura por via judicial.
Quanto custa a cirurgia para retirada de excesso de pele?
O valor da cirurgia para retirar excesso de pele pode variar bastante, dependendo da extensão e da região do corpo a ser tratada (abdômen, braços, coxas, mamas).
Em média, os custos podem ultrapassar R$ 20 mil a R$ 40 mil, incluindo hospital, equipe médica, anestesia e materiais cirúrgicos.
Para a maioria dos beneficiários, arcar com esse valor é inviável. É justamente por isso que o plano de saúde deve assumir a cobertura, quando houver indicação médica.
O que fazer se receber uma negativa do plano de saúde
Receber a notícia de que o plano negou a cirurgia para retirar excesso de pele é um choque. Depois de toda a luta para perder peso e recuperar a saúde, o paciente se vê impedido de dar continuidade ao tratamento.
A sensação é de injustiça: enquanto o médico atesta a necessidade da cirurgia, o plano tenta reduzi-la a algo “meramente estético”.
Mas é importante saber: essa negativa não é definitiva e pode ser revertida. Veja o que você deve fazer:
- Exija a negativa por escrito: O plano de saúde é obrigado a fornecer um documento formal explicando os motivos da recusa. Esse registro será fundamental em uma reclamação na ANS ou em uma ação judicial.
- Guarde todos os documentos médicos: Tenha em mãos laudos, relatórios, exames e a prescrição médica que justifique a cirurgia. Quanto mais detalhado o parecer do seu médico sobre os prejuízos causados pelo excesso de pele (infecções, dores, limitações), mais forte será sua prova.
- Procure um advogado especialista imediatamente: Em muitos casos, é necessário ingressar com uma ação judicial com pedido de liminar, medida urgente que pode obrigar o plano a liberar a cirurgia em poucos dias. Os juízes entendem que a negativa é abusiva quando existe indicação médica e risco à saúde do paciente.
- Não adie a busca pelos seus direitos: A espera pode agravar problemas físicos, emocionais e até mesmo a perda do seu direito. Quanto antes você agir, maiores as chances de garantir a realização da cirurgia rapidamente.
Lembre-se: você não está pedindo um “benefício extra”, mas sim o cumprimento de um direito fundamental à saúde e à dignidade.
Se essa é a sua realidade, fale com nossos advogados especialistas online e garanta seu direito.
Papel do advogado para garantir que os direitos sejam garantidos
O advogado especializado em direito da saúde é quem vai avaliar a negativa do plano e tomar as medidas cabíveis para assegurar seu direito. Ele pode:
- Ingressar com uma ação judicial pedindo liminar para autorizar a cirurgia em poucos dias.
- Exigir que o plano custeie integralmente o procedimento, incluindo hospital, materiais e equipe médica.
- Requerer indenização em casos de recusa abusiva que causou agravamento da saúde ou sofrimento ao paciente.
A atuação rápida do advogado faz toda a diferença, já que a Justiça costuma reconhecer o caráter reparador e necessário da cirurgia, e não apenas estético.
A cirurgia para retirar excesso de pele vai muito além da estética: é um procedimento essencial para devolver qualidade de vida, saúde e autoestima a quem passou por grandes transformações físicas. Quando há indicação médica, a recusa do plano de saúde é abusiva e pode ser revertida judicialmente.
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