O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete mulheres no Brasil e no mundo. A estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer) é de que surjam cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama em 2023. O ribociclibe é uma das primeiras medicações para as pacientes com câncer de mama em fase avançada.
Por conta de seu alto custo, o ribociclibe deve ser custeado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou pelos planos de saúde. Diversos estudos comprovam que o medicamento garante uma sobrevida às mulheres com câncer de mama no tratamento paliativo, sendo importantíssimo para a qualidade de vida das pacientes.
Para que serve o ribociclibe?
O ribociclibe é uma medicação utilizada no tratamento do câncer de mama em estágio avançado ou metastático (quando as células tumorais começam a se espalhar pelo organismo). A recomendação é de que o ribociclibe seja utilizado em pacientes na pós-menopausa com câncer de receptores hormonais positivos.
Nesse sentido, o ribociclibe é usado no tratamento como um inibidor de quinase em combinação com um inibidor de aromatase, ambos sendo utilizados para bloquear a ação e a disseminação das células tumorais do câncer de mama. Assim, o medicamento bloqueia a ação de quinases CDK 4/6 e consegue controlar e retardar a progressão do câncer de mama.
Também conhecido pelo nome comercial Kisqali, o medicamento é bastante caro, custando, em média, cerca de R$ 6 mil em uma caixa com 21 comprimidos. Isso faz com que o tratamento com o remédio tenha de ser custeado integralmente pelo plano de saúde.
Plano de saúde deve fornecer o ribociclibe?
Sim. Os planos de saúde são obrigados a fornecer o ribociclibe para o paciente, desde que haja recomendação médica. O medicamento tem registro na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pode ser receitado e fornecido no país sem dificuldade.
Como um medicamento responsável por trazer mais qualidade de vida para as pacientes com câncer de mama em estágio avançado ou metastático, o ribociclibe deve ser fornecido de forma imediata para preservar a vida das pacientes.
Então, como em todos os remédios essenciais para a vida, até mesmo beneficiários de planos básicos têm direito ao medicamento com custeio integral de sua operadora de saúde.
Como conseguir o ribociclibe pelo plano de saúde?
Para solicitar o medicamento junto ao plano de saúde, o paciente deve apresentar o laudo médico que recomende o uso do remédio para o tratamento do câncer. O ideal é que o plano de saúde atenda o pedido rapidamente.
Porém, muitas vezes não é isso que acontece! Os planos de saúde costumam utilizar todas as brechas para evitar o custeio de medicamentos de alto custo. Dessa forma, como o ribociclibe é listado no Rol da ANS (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso em um tipo de tratamento específico, os planos acabam negando os pedidos na maioria dos casos.
Caso você ou um familiar tenha recebido a negativa do plano, procure um advogado especialista em direito da saúde para recorrer na Justiça. Um advogado pode juntar os documentos necessários e entrar com ação judicial e pedido liminar para que o paciente tenha acesso ao medicamento pelo plano de saúde de forma rápida.
Precisa de ajuda para conseguir um medicamento para o tratamento do câncer? Entre em contato com o SRR! Nosso escritório é especializado nos direitos de pacientes oncológicos e podemos ajudar principalmente quando há necessidade de que o plano de saúde custeie procedimentos, remédios e outras questões envolvendo a cobertura do tratamento para o câncer.